A Presidente, recandidata pelo Partido dos Trabalhadores (PT), obteve 41,5% dos votos, contra 33,6% de Aécio Neves (PSDB). Trata-se de uma vantagem mais curta para a chefe de Estado do que aquela que era estimada pelas mais recentes sondagens.
De acordo com dados preliminares do Tribunal Superior Eleitoral, a candidata Marina Silva (PSB) obteve apenas 21,3% dos escrutínios e está assim afastada do segundo turno.
Luciana Genro, do marxista PSOL, obteve 1,5% dos votos. O Pastor Everaldo, tido como o candidato das igrejas evangélicas, não foi além dos 0,75%.
Cerca de 110 milhões de brasileiros participaram na consulta deste domingo. Apesar do voto obrigatório, registou-se uma abstenção de 19%. Quase um em cada dez eleitores votou em branco.
País dividido
Como esperado, Dilma colheu maiores apoios nos estados do Norte e do Nordeste, mas também no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Aécio venceu no Sul, com destaque para São Paulo, e no Centro-Oeste. Marina Silva só foi a candidata mais votada no estado de Pernambuco (Nordeste).
Esta noite, Aécio disse "acreditar que é possível" chegar à vitória na segunda volta. "Estamos apenas na metade da travessia e vamos concluí-la com determinação", declarou o candidato do centro-direita brasileiro.
Todas as atenções estão agora viradas para Marina Silva. A candidata a 'vice' que a morte de Eduardo Campos catapultou para o primeiro lugar do 'ticket', e que chegou a ser dada como certa na segunda volta das eleições, deverá agora indicar o seu apoio a Aécio ou a Dilma. Pode no entanto não indicar qualquer sentido de voto, deixando em aberto a disputa por um quinto do eleitorado brasileiro.
A segunda volta das presidenciais está marcada para o dia 26.
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