A fotonovela das eleições brasileiras

A maratona eleitoral arrancou cedo neste país de 200 milhões de habitantes, 93 vezes maior que Portugal, onde o voto é obrigatório. E cedo se fez fila. Mas ainda assim, 20% dos eleitores optaram por ficar em casa.

 

No Amazonas, um eleitor indígena marca a sua opção para a Presidência. O processo é feito através de uma urna electrónica. O sistema permitiu um apuramento rápido dos resultados.

Nas ruas, eram visíveis os despojos de semanas de campanha: toneladas de panfletos eleitorais.

 

Os candidatos votaram cedo. A Presidente Dilma Rousseff chegou a Porto Alegre, Rio Grande do Sul, de helicóptero.

A candidata do PT mostrou-se confiante na vitória. E de facto reuniu o maior número de votos. Mas não evitou uma segunda volta.

Aécio Neves, o candidato do PSDB, votou com a mulher, Letícia Weber, em Belo Horizonte, estado de Minas Gerais.

Marina Silva, do PSB, antiga número dois do falecido candidato Eduardo Campos, votou em Rio Branco, no remoto estado do Acre.

E o antigo Presidente Lula da Silva, que continua a ser o político mais influente do Brasil, votou em São Bernardo do Campo, em São Paulo, onde tomou mais um banho de multidão.

E o apoio declarado de Lula a Dilma foi mais uma vez decisivo. A chefe de Estado obteve 41,5% dos votos, contra 33,6% de Aécio Neves, com quem disputará a segunda volta da eleição presidencial no próximo dia 26. Marina Silva foi a grande derrotada da noite. Depois de ter sido apontada nas sondagens como a segunda candidata melhor colocada, teve apenas 21,3% dos escrutínios.