No encontro será ainda debatido e aprovado um documento, a enviar à Santa Sé, que pede à Igreja que promova o acolhimento dos homossexuais e a sua integração nas comunidades e paróquias.
Em declarações à agência Lusa, José Leote, da associação Rumos Novo – Homossexuais Católicos, que organiza o congresso, defendeu "a necessidade urgente de uma mudança de atitude por parte da hierarquia católica no sentido de que haja um verdadeiro acolhimento [dos homossexuais] ".
No documento, será ainda feita uma análise detalhada da situação actual dos homossexuais relativamente à Igreja e apresentadas "pistas" de como o objectivo da integração dos homossexuais nas paróquias pode ser alcançado.
Para José Leote, a integração "faz-se pela aceitação plena" e passa por considerar que os homossexuais "são fieis como quaisquer outros".
"É isso que pedimos à Igreja", acrescentou.
Durante o congresso deverá ainda ser constituída a Organização Mundial das Associações Homossexuais Católicas, uma estrutura a que já aderiram representantes de Espanha, França, Reino Unido, Itália, Polónia, Brasil, México, Peru, Argentina e Estados Unidos.
A organização resulta, segundo José Leote, da necessidade de as pessoas com orientação homossexual por todo o mundo falarem "a uma só voz na cena internacional e também no Vaticano".
O congresso realiza-se entre hoje e quarta-feira e coincide com a primeira semana da assembleia extraordinária do Sínodo dos Bispos dedicada às questões da família, que decorre até 19 de Outubro.
Lusa/SOL