Capitão de ferry que levou à morte 300 pessoas diz que “estava confuso”

O capitão do ferry sul-coreano Sewol que naufragou e levou à morte mais de 300 pessoas, a sua maioria estudantes, disse agora no tribunal esta semana que “estava confuso” e fora do seu “estado normal” quando ocorreu o acidente.

Capitão de ferry que levou à morte 300 pessoas diz que “estava confuso”

Lee Joon-seok, 69 anos, fez esta constatação repetidamente no julgamento a decorrer desde Junho na cidade de Gwangju. Os pais de alguns dos jovens que morreram no acidente também estiveram presentes na audição. Seok está a ser julgado e acusado de homicídio por negligência agravado – o que na Coreia do Sul equivale a pena de morte, embora desde 1997 que nenhum condenado tenha sido executado.

Os investigadores disseram que uma combinação de sobrecarga, modificação ilegal do navio de carga e inexperiência no salvamento esteve por trás do desastre.

"Mereço a pena de morte, mas não tive intenção de sacrificar os passageiros", disse, sabendo que vai passar o resto dos seus dias na prisão.

O empresário multimilionário Yoo Byung-eun, dono da companhia, desapareceu logo a seguir ao incidente e foi, mais tarde, encontrado morto. Os outros membros da tripulação também estão a ser julgados.

O capitão Lee Joon-seok AP

SOL