2. O Brasil merece um Presidente que compreenda cabalmente, sem preconceitos ou ideias feitas (e, no caso de Dilma, ideias erradas!), a magnanimidade e grandeza da Nação brasileira: e que traduza, em convicções, actos e iniciativas políticas, tal grandeza. Dilma Rouseff atingiu o limite da sua fronteira de capacidade de produção política: com a actual Presidente, o Brasil entrará num período de inércia, diremos mesmo de agonia. O Brasil de Dilma não tem mais nada para oferecer aos seus cidadãos: entrou, pois, numa fase de declínio irreversível. A partir de agora, com Dilma à frente dos destinos do país, tudo ficará na mesma – e o que mudar, mudará para pior. Muito pior. Urge iniciar um novo ciclo político no Brasil. E Aécio Neves, candidato do PSDB, é o homem certo, no momento histórico certo, para protagonizar a mudança de que o Brasil precisa e que os cidadãos brasileiros tanto almejam.
3. Eleger novamente Dilma Rouseff, e reiterar a confiança política na PT, seria um erro histórico crasso de que os brasileiros se arrependeriam um dia. Seria um verdadeiro “atentado político” contra as gerações futuras do Brasil: certamente, que os brasileiros de hoje não querem que os brasileiros de amanhã vivam num país mais pobre, socialmente mais tenso e isolado internacionalmente. Na perspectiva de um português que se interessa (e muito) pela política brasileira, como é o nosso caso, a política externa ocupa um lugar central nas nossas preocupações. Neste particular, a avaliação do trabalho de Dilma Rouseff é catastrófica.
4. A Presidente trabalhista optou por um crescente isolamento internacional e uma política de relacionamento preferencial com países que se reclamam socialistas ou que têm lideranças populistas, autocráticas, que não respeitam o primado do Estado de Direito e os direitos individuais dos cidadãos. Por outro lado, Dilma subalternizou a relação ancestral e frutífera, construída ao longo já de séculos, entre Portugal e Brasil. Portugal tem de ser uma prioridade da política externa brasileira – assim como o Brasil tem de ser uma prioridade da política externa portuguesa. Estamos juntos: a nossa parceria é benéfica para ambos os países. Impõe-se uma aposta conjunta e convicta dos dois países na CPLP: juntamente com os nossos “irmãos” africanos, poderemos fazer com que a Lusofonia seja cada vez mais uma realidade forte e influente no quadro internacional.
5. Enfim, o Brasil é uma potência mundial – e como uma potência mundial deve actuar. Para que possa ser tratado pelos seus pares de acordo com o estatuto que tem e que merece. Alguém consegue compreender que a Presidente Dilma cada vez que discursa na Assembleia-Geral das Nações Unidas, critique duramente os Estados Unidos da América? Sempre! É incompreensível! O Brasil só tem a ganhar se mantiver uma relação aberta, franca, leal e fraterna com os Estados Unidos da América. Aliás, os Estados Unidos têm influenciado muitos aspectos da vida política e social do Brasil, desde a sua origem. Pense-se que o movimento de independência do Brasil foi influenciado pela Independência dos EUA que ocorrera anos antes. Ou na “invenção” do federalismo. Ou no Direito Brasileiro, que é uma mistura muito curiosa do Direito português e do Direitos dos Estados Unidos! Temos que os brasileiros gostam dos Estados Unidos, os brasileiros acolhem aprendizagens vindas dos Estados Unidos da América, mas…a sua Presidente só tem um discurso em termos de política externa: o discurso anti-americano! Será isto digno da grandeza do Brasil? Não é. Muito pelo contrário.
6. Em conclusão, no próximo dia 26 de Outubro, eu também serei brasileiro. Eu também serei a favor de Aécio Neves. Assim seja um dia histórico para o Brasil. Assim seja um dia histórico para o Mundo. Porque o Brasil é uma potência mundial, ter um Presidente honrado, competente e politicamente dinâmico como é Aécio Neves, será muito positivo para todos nós.
De segunda a sexta-feira, João Lemos Esteves assina uma coluna de opinião no SOL