Paulo Macedo falava aos jornalistas no final de uma audição na Comissão Parlamentar de Saúde, onde durante quatro horas prestou esclarecimentos sobre a política de saúde e também sobre a resposta que Portugal tem definida para eventuais casos de ébola.
O esclarecimento do ministro surgiu após um avião, que transportava uma norueguesa com ébola, ter solicitado autorização para reabastecer na Madeira, o que não terá sido aceite. Em alternativa, foi indicada a capital como a que responderia melhor a uma eventual emergência, segundo um comunicado do Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).
Segundo Paulo Macedo, existem duas zonas aeroportuárias que, em caso de necessidade, são indicadas para aterrar um avião que transporte um doente com estas características: as Lajes, nos Açores, e o aeroporto de Lisboa, na parte civil e militar, se for preciso.
O ministro aproveitou para esclarecer que, nos casos em que a autorização de aterragem seja dada, não pode haver qualquer contacto com passageiros do avião, muito menos com o doente, sendo apenas permitido o abastecimento.
Durante a audição do ministro na comissão, a resposta portuguesa ao ébola foi questionada pelos deputados, com Paulo Macedo a assumir que "o risco é baixo, mas o caso é sério".
O ministro garantiu que Portugal tem assegurado o acesso aos medicamentos experimentais que estão a ser disponibilizados a outros doentes, como a enfermeira contagiada em Espanha, naquele que representou o primeiro contágio fora de África.
Lusa/SOL