Ao contrário de muita gente, estou eternamente grato aos americanos por nos terem salvo do nazismo e, de certa forma, do comunismo. Além disso têm dado ao mundo coisas magníficas na área da cultura, do desporto, da ciência, etc. O que seria, por exemplo, o cinema sem os americanos? Ficaríamos ‘órfãos’ de padrinhos… Claro que os americanos têm um lado obscuro entrelaçado nos interesses económicos e mesmo culturais. O racismo é um dos exemplos.
Esta semana conseguiram, mais uma vez, deixar-me perplexo. Um dos grandes heróis do desporto, dos últimos anos, foi apanhado a conduzir em excesso de velocidade e com algum álcool. As notícias não quantificam, mas calculamos que seja o equivalente a duas cervejas. Michael Phelps não colocou ninguém em perigo de vida, nem consta que estivesse alcoolizado a ponto de ser considerado crime em Portugal, segundo o Código da Estrada.
Pois bem, o homem que mais medalhas ganhou em Jogos Olímpicos, que foi um exemplo para milhões de pessoas e nos deixou felizes ao superar-se várias vezes, é agora condenado pela Federação de Natação americana a seis meses de suspensão, impedindo-o assim de ir aos próximos mundiais da modalidade. Phelps tinha-se retirado depois dos Jogos de Londres e regressado há alguns meses, com resultados surpreendentes.
Infelizmente, algum talibã da federação de natação impedi-o de lutar por novos títulos e de ser, uma vez mais, um exemplo para tantos milhões. Claro que o supercampeão teria de pedir desculpas e entrar em campanhas contra a condução sob o efeito do álcool, indo a escolas, por exemplo. Mas a moral puritana americana falou, uma vez mais, mais alto. É pena.