O orçamento prevê aumentos da despesa (gastos sociais) e redução de impostos, pela primeira vez em sete anos, quando a crise financeira começou a atingir o país.
A Irlanda foi depois submetida a um duro programa de austeridade, com cortes na despesa e aumentos de impostos, em troca de um empréstimo da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de 85 mil milhões de euros, concedido em 2010 e destinado sobretudo a evitar o colapso do sistema bancário. O programa de resgate terminou em Dezembro passado.
"O caminho foi muito acidentado para chegarmos até aqui", afirmou o ministro das Finanças, Michael Noonan, sublinhando que o orçamento para 2015 "deve permitir garantir a recuperação económica".
O ministro das Finanças anunciou também no parlamento um agravamento das regras fiscais para as empresas, que têm sido alvo de críticas da União Europeia.
A partir de 1 de Janeiro entrará em vigor uma alteração do regime fiscal para acabar com o sistema que permite às multinacionais estabelecidas no país pagarem menos impostos.
As empresas estrangeiras que têm beneficiado do actual sistema têm um período de adaptação às novas normas até 2020.
A Comissão Europeia anunciou recentemente a abertura de um inquérito sobre os acordos entre Dublin e a empresa norte-americana Apple.