"Não haverá nenhuma crise causada por responsáveis russos pela cooperação energética com a Europa (…), mas existem grandes riscos de trânsito", afirmou Putin numa conferência de imprensa em Belgrado.
"Se virmos que os nossos parceiros ucranianos começam a retirar ilegalmente gás do nosso sistema de gasodutos de exportação, vamos reduzir as entregas na medida do volume roubado", acrescentou.
Em meados de Junho, a Rússia cortou o fornecimento de gás à Ucrânia devido à recusa de Kiev em pagar o preço imposto por Moscovo no contexto da crise entre os dois países. Segundo a Rússia, a dívida ucraniana ascende a 5,3 milhões de dólares (4,3 milhões de euros).
A Rússia é o maior fornecedor de gás da União Europeia (UE). Doze países do centro e leste da Europa dependem do gás russo para cobrir mais de três quartos das suas necessidades.
Um relatório da Comissão Europeia divulgado hoje concluiu que uma interrupção total do fornecimentos por um período longo teria um "impacto substancial" nalguns Estados-membros, designadamente Finlândia e Estónia, mas também Letónia, Lituânia, Bulgária, Grécia, Roménia, Hungria e Croácia.
Nos últimos anos, por duas vezes, divergências entre a Rússia e a Ucrânia acerca do preço do gás levaram à suspensão do fornecimento de gás à Europa.
Lusa/SOL