Fotojornalista americana detida nos confrontos em Hong Kong

Uma fotojornalista norte-americana detida em Hong Kong enquanto fazia a cobertura dos confrontos entre a polícia e os manifestantes foi libertada hoje sob caução.

Fotojornalista americana detida nos confrontos em Hong Kong

Paula Bronstein, fotógrafa da agência Getty Images, detida na noite de sexta-feira durante os confrontos, foi libertada hoje mediante o pagamento de uma caução de 300 dólares de Hong Kong (30,3 euros) e tem de se apresentar à polícia no final do mês.

Bronstein disse que foi empurrada contra o carro quando violentos confrontos estalavam ao seu redor no distrito de Mongkok, um dos principais locais dos protestos que têm paralisado partes da antiga colónia britânica há três semanas, os quais resultaram, na madrugada de hoje, num total de 26 detidos, incluindo três mulheres, segundo dados revelados pela polícia.

"Eu não sei, de todo, por que aconteceu. Realmente não compreendo. Eu nunca fui detida antes na vida", disse Bronstein à agência AFP.

Imagens televisivas mostram que Bronstein estava em cima de um Mercedes-Benz preto.

Um comunicado da polícia de Hong Kong indica que uma mulher foi detida por "suspeita de danos criminais" e que o condutor do carro apresentou uma queixa.

"O condutor do carro disse que houve danos e pediu à polícia para lidar com o incidente", refere o comunicado sem facultar mais detalhes.

"Estava a usar sapatilhas. Não estava a usar botas do exército. Eu não peso 300 libras (136 quilos), sou uma mulher muito pequena", afirmou Bronstein.

O Clube de Correspondentes Estrangeiros condenou, na noite de sexta-feira, a detenção de Bronstein e disse que outros jornalistas também foram ameaçados enquanto cobriam os protestos no bairro densamente povoado de Mongkok, na península de Kowloon.

Lusa/SOL