É o 6.º candidato à sucessão de Alberto João Jardim. Junta-se, na corrida eleitoral, a Miguel Albuquerque, João Cunha e Silva, Manuel António Correia, Miguel de Sousa e Sérgio Marques que vão disputar a presidência da comissão política no próximo dia 19 de Dezembro.
Jaime Ramos é o histórico líder parlamentar do PSD-M na Assembleia Regional e secretário-geral do partido. É empresário com vários negócios em vários ramos de actividade, designadamente na construção civil e imobiliário. É ainda presidente da Associação da Construção Civil (ASSICOM).
Jaime Ernesto Nunes Vieira Ramos nasceu a 3 de Novembro de 1947. Como habilitação literária, possui o 9.º ano liceal (antigo).
Jaime Ramos quer continuar a controlar o partido, indicando outro militante para a corrida à presidência do Governo Regional. A ideia, distinta das outras cinco candidaturas, é liderar o partido, a Fundação Social-Democratas e o grupo parlamentar e deixar o Governo para outro militante por si indicado.
Jaime Ramos terá recolhido mais de 600 assinaturas de militantes com quotas em dia. Aliás, a corrida à liderança do PSD-M e o facto de haver, agora, seis candidatos contribuiu para que o partido arrecadasse uma receita adicional superior a 150 mil euros de quotas em atraso.
Jaime Ramos é pai do também deputado ‘laranja’, Jaime Filipe Ramos, líder de um movimento regenerador dentro do partido chamado ‘Autononia XXI’, um projecto estratégico para a Madeira dos próximos 10 anos que está a ser trabalhado por uma nova geração de políticos afectos ao PSD-M. Este movimento até já foi chamado a reunir-se, em Lisboa, com Marco António Costa.
O PSD-M tem cerca de 12 mil militantes mas só cerca de 7 mil estão em condições de votar.
Jaime Ramos foi o relator do polémico regulamento de acesso às sedes do PSD-M que veda a entrada de animais e jornalistas.
Agora, mais do que nunca, o PSD-M está dividido. A tal ponto que nenhum dos seis candidatos à sucessão de Alberto João Jardim estará em condições de, à 1.º volta, conseguir o apoio de mais de 50% dos militantes.
É muito provável que se tenha de recorrer à 2.ª volta (29 de Dezembro), para decidir quem será o novo líder.
O congresso do partido está marcado para 10 de Janeiro de 2015. As eleições regionais serão em Outubro do próximo ano caso Cavaco Silva não antecipe o acto eleitoral.
Se em Janeiro de 2015 o Presidente da República não aceitar a passagem de testemunho de Jardim para o novo líder do PSD-M e pretender eleições antecipadas – Jardim já qualificou tal cenário de ‘golpe de Estado constitucional’– então Jardim está disposto a levar o mandato até ao fim (as eleições normais para nova Legislatura deverão ocorrer entre 22 de Setembro e 14 de Outubro de 2015).
Esta semana, Jardim anunciou que já pediu uma audiência a Cavaco Silva para tratar do assunto.