“Se estou a chorar é pelas pessoas, não pelo meu filho”, admite Susan Bibeau que antes de ser contactada pela agência noticiosa já escrevera para a AP, em conjunto com o marido, um “longo e-mail a expressar horror e tristeza pelo sucedido”.
A mãe do homem de 32 anos que ontem matou um soldado no exterior do Parlamento diz que falou “com ele num almoço da semana passada”. E explica que “antes disso não o via há cerca de cinco anos” para justificar o facto de “não ter informação privilegiada para dar” sobre um crime que diz não ter explicação.
Homenagem ao herói que eliminou o terrorista
Depois do pânico de ontem, o Parlamento canadiano retomou hoje os trabalhos, com a presença do primeiro-ministro Stephen Harper. A sessão começou com uma ovação estrondosa por parte dos deputados a Kevin Vicker, um sargento de 58 anos cujas funções no Parlamento são mais cerimoniais do que de segurança.
Com a sua grande túnica verde, luvas brancas e chapéu alto, Vicker foi o autor do disparo que neutralizou o terrorista, deixando a salvo as centenas de pessoas encurraladas em pânico dentro do edifício. Segundo a AP, Vicker emocionou-se durante a ovação dos deputados que lhe agradeciam assim o feito.
Harper relacionou o terrorismo fomentado pelo Estado Islâmico aos dois ataques que o país sofreu durante a semana – na segunda-feira, outro cidadão canadiano convertido ao Islão atropelou dois militares no Quebeque, matando um deles.
“Aqui estamos nós nos nossos assentos, na nossa câmara, no coração da nossa democracia, a trabalhar. Não seremos intimidados”, garantiu o primeiro-ministro canadiano.