“Obviamente que estas movimentações no mercado mudam um pouco o mapa”, assume o gestor, acrescentando: “Não sabemos como vão os chineses gerir a Fidelidade, mas vão trazer um investimento económico que vai permitir voltar a dar azo à criatividade”.
A Metlife é a maior seguradora internacional do ramo vida, depois da junção das actividades lusas e espanholas em 2012. E vai agora reformular a oferta no segmento de saúde em Portugal, através do reforço das actuais ofertas de seguros de hospitalização e do subsídio por doença. “Temos ainda uma nova parceria para lançar um produto de medicina dentária em Portugal”, adianta.
Os objectivos a curto e médio prazo no país passam por aumentar as vendas e lucros em 10%. O ramo não vida também contará com novos produtos. Com o número de famílias portuguesas em dificuldades financeiras – por estarem no desemprego ou devido a reduções salariais – pagar as contas da luz, água, gás, televisão e internet nem sempre é fácil. E a Metlife “está a estudar lançar um seguro que vai ajudar a cobrir essas despesas”.
A empresa quer desenvolver produtos “ligados ao estilo de vida das pessoas e que respondam às necessidades reais”, justifica Oscar Herencia.
A seguradora está em negociações com alguns dos principais grupos no país, para estabelecer parcerias que captem clientes para este novo produto. “Temos tido reuniões com várias empresas, como PT, Vodafone ou EDP, e todas têm sido muito receptivas”, adiantou o responsável. O objectivo da empresa é lançar este produto em Abril do próximo ano.
Seguro para mulheres
Em Espanha a seguradora já tem um produto semelhante, no qual tem uma parceria com a Iberdrola, por exemplo. “Há uma necessidade real de protecção em tempos de tanta incerteza”, sublinha o responsável, acrescentando que o balanço deste serviço no país vizinho é “muito positivo”.
Outro produto novo que a empresa tem em carteira – o lançamento está previsto para o primeiro semestre do próximo ano – é direccionado para as mulheres. “Este seguro não vai estar direccionado apenas a uma doença específica da mulher, acompanhará toda a sua vida e será para todas as idades”. A iniciativa é justificada com a importância do nicho feminino: “As decisões de compra das mulheres têm cada vez mais predominância no mercado”.