O primeiro-ministro garantiu que os terroristas “não terão um porto seguro” no Canadá mas ressalvou que estes ataques demonstraram que o país “não está imune a ataques terroristas”, pode ler-se na BBC.
Segundo testemunhas, por volta das 10h locais (15h em Lisboa), um homem vestido de preto e com a cara tapada com um lenço disparou contra um soldado, junto ao Memorial da Guerra, tendo fugido, em seguida, para o interior do Parlamento canadiano, onde foi abatido pelas autoridades.
O militar, o capitão Nathan Cirillo, não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer. O terrorista já foi identificado como Michael Zehaf-Bibeau, um cidadão canadiano de 32 anos, convertido ao Islão e com um longo cadastro que inclui acusações de posse de drogas, roubo, entre outros.“Nos próximos dias saberemos mais sobre o terrorista e se havia cúmplices”, afirmou o primeiro-ministro.
Este é o segundo ataque terrorista no Canadá em três dias. Na segunda-feira, um homem também recentemente convertido ao Islão – e “influenciado pelos ideais do Estado Islâmico”, descreveu Harper – matou um soldado e feriu outro depois de os atropelar num parque de estacionamento no Quebeque.
Na terça-feira, o Governo aumentou o nível de alerta de ataques terroristas, em especial devido ao aumento das comunicações entre suspeitos de ligações à al-Qaeda e ao Estado Islâmico. Segundo o porta-voz governamental Jean-Christophe de La Rue, “há informações que indicam que um indivíduo ou grupo presentemente no Canadá ou no estrangeiro tem a intenção e a capacidade de cometer uma acção terrorista”.
O presidente dos EUA, Barack Obama, condenou os ataques e ofereceu “toda a ajuda necessária” ao país vizinho.
* com AP