Aberto em 2004 na sequência do lançamento do Euromilhões em Portugal, o GAAP é um serviço de apoio e informação criado pelo Departamento de Jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (JSCML)para ajudar os apostadores que recebam elevadas quantias em dinheiro a lidar com os “riscos inerentes à gestão de capitais elevados e até pressões psicológicas nos premiados”, explicou ao SOL fonte oficial do organismo.
Ou seja, caso ganhe o Euromilhões – mesmo que não sejam os 190 milhões ainda por reclamar de um vencedor anónimo do distrito de Castelo Branco –, tem ao seu dispor um atendimento “personalizado de acordo com as suas necessidades”. A única condição é que o montante recebido seja igual ou superior a um milhão de euros.
Para tal, o GAAP tem uma pessoa destacada 24 horas por dia – o Representante para o Alto Premiado – para resolver “todas as situações relacionadas com o prémio”.
O representante em causa assegura “o acompanhamento do alto premiado desde a sua identificação presencial”, que pode ser feita na sede em Lisboa ou na delegação do Porto, até à transferência do prémio para a conta bancária do apostador.
E muitos premiados recorrem a este apoio. De acordo com os dados dos JSC, nos últimos dez anos, 262 pessoas recorreram aos serviços do GAAP, a maioria (92) vencedores do Totoloto e do Euromilhões (89).
Com o apoio psicológico e financeiro prestado por este grupo de apoio, os premiados “têm sabido muito bem proteger o seu anonimato e têm vivido o grande acontecimento num clima de serenidade, propício à tomada das melhores decisões sobre o destino a dar ao valor do prémio”, assegura a mesma fonte. “Estudos internacionais demonstram, inclusive, que os altos premiados seguem a sua vida normalmente”, garante.
Entretanto, caso o vencedor do jackpot do Euromilhões desta semana, com 190 milhões de euros (dos quais o Estado arrecadará 38 milhões em impostos) não reclame o prémio no prazo de 90 dias, ou seja, até Janeiro, o montante em causa reverterá para a SCML.
