Em declarações à agência Lusa, Ceia da Silva considerou que se trata de "uma notícia muito positiva e fantástica para o Alentejo e para Portugal".
"É uma decisão técnica dos órgãos consultivos do comité da UNESCO para o Património Imaterial da Humanidade, mas a indicação positiva e favorável já de si é para nós uma vitória", declarou.
Ceia da Silva considerou que todo o processo da candidatura foi "difícil" e "complexo", mas que "atingiu finalmente" a expectativa que a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo e Ribatejo tinha em seu redor.
No entanto, o responsável alertou que, nesta altura, "é preciso aguardar com serenidade e manter a calma" quanto ao desenrolar do processo.
"Nós temos de ter alguma serenidade e aguardar com tranquilidade pela decisão que só será tomada pelo órgão executivo, institucional e político no final de Novembro. Portanto, alguma calma neste momento também será de salientar", disse.
O responsável do processo, Paulo Lima, revelou na segunda-feira à Lusa que a candidatura do cante alentejano a Património Cultural Imaterial da Humanidade recebeu um parecer positivo de uma comissão internacional de especialistas da UNESCO.
"O parecer diz que a candidatura reúne todas as condições", pelo que "temos fundadas esperanças de que o cante alentejano seja inscrito na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade" pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), declarou.
Segundo o mesmo responsável, também director da Casa do Cante, em Serpa, o parecer deste grupo de especialistas costuma ser "bastante vinculativo para a decisão final" do Comité Internacional da UNESCO, que se reúne entre os dias 24 e 28 de Novembro, em Paris (França).
"É uma boa notícia para o cante e para o Alentejo", realçou Paulo Lima, lembrando que o processo percorreu "várias as etapas" e que, em Fevereiro último, foi entregue um conjunto de novas informações sobre este bem cultural imaterial.
A candidatura do cante alentejano foi entregue à UNESCO em Março do ano passado, depois de, em 2012, o Ministério dos Negócios Estrangeiros ter decidido adiar a sua apresentação, por considerar que o processo não reunia condições para ser aceite.
Lusa/SOL