Segundo o relações públicas do Comando Territorial de Aveiro da GNR, major Nuno Alberto, os suspeitos "foram interceptados pelas 15:00 de hoje, na localidade de Palhaça, concelho de Oliveira do Bairro, numa viatura de um indivíduo que lhes terá dado boleia".
"Não há indícios, neste momento, de que este condutor possa estar envolvido na fuga", disse Nuno Alberto, referindo que os detidos "não ofereceram resistência e não tinham armas".
Desconhecendo onde os dois reclusos pernoitaram, o responsável adiantou que um dos reclusos "tem residência conhecida em Oliveira do Bairro e o outro na Gafanha da Nazaré, no concelho de Ílhavo".
"Tínhamos feito o estudo das redes de conhecimento que estes indivíduos tinham e colocámos diversas patrulhas, quer da investigação criminal, quer dos postos territoriais em vários locais", explicou o major, adiantando que, "também com informação disponibilizada pelo Corpo da Guarda Prisional, foi possível saber que era numa viatura com aquelas características que os reclusos seguiam".
O relações públicas da GNR de Aveiro acrescentou que estes "apresentavam alguma perigosidade", dado terem sido "condenados por crimes violentos".
Hoje de manhã, a Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais anunciou a instauração de um inquérito para apurar as circunstâncias que permitiram a fuga destes dois reclusos do Estabelecimento Prisional de Leiria.
Numa nota enviada à agência Lusa, aquela direcção-geral informou que foi "mandado instaurar um processo de inquérito a cargo do Serviço de Auditoria e Inspecção, que é coordenado por magistrado do Ministério Público, para apurar as circunstâncias da ocorrência".
Na mesma nota, aquela entidade referiu que "a evasão ocorreu a partir do espaço celular e os reclusos, com 24 e 23 anos, encontram-se condenados por diversos crimes patrimoniais (furto, furto qualificado, roubo e condução de veículo sem habilitação legal), a penas que totalizam, respectivamente, 12 e 10 anos".
A direcção-geral esclareceu ainda hoje de manhã que esta era "a quarta evasão (uma delas ocorreu a partir de instituição de saúde não prisional) verificada no decurso deste ano no sistema prisional. Todos estes evadidos já foram capturados.
Esta entidade garante ainda que o Estabelecimento Prisional de Leiria "está com uma ocupação aquém da sua capacidade de acolhimento".
Lusa/SOL