É evidente. Eles, parafraseando uma saudosa figura política precocemente desaparecida, acham que a Sócrates, “até o rato Mickey ganharia”. Mas é impossível não perceberem que isso é ainda mais óbvio relativamente a Passos Coelho.
De modo que, se a estratégia da maioria se resume a procurar identificar o actual PS com Sócrates, não deverá resultar-lhe demasiado bem. Porque, do lado do PS, apesar da tralha socratista que por lá há, quem se candidata não é José Sócrates. Já pelo PSD, apesar das tralhas portistas e passistas que por lá predominam, quem se candidatarão são mesmo Passos Coelho e Paulo Portas.
O mais que poderiam era tentar uma solução à espanhola, com um partido novo (no caso, o Podemos) a desbancar os clássicos. Mas por cá não se adivinha isso. Nem Marinho Pinto, nem Rui Tavares têm a mesma estaleca do espanhol Pablo Iglesias – e o BE perdeu o gás por opção própria.