Atribuindo esta descida ao empreendedorismo dos empresários, aos trabalhadores e às reformas laborais, Pedro Mota Soares salientou que os empregos criados neste período têm "mais qualidade e mais qualificação" e defendeu que o país "tem de continuar a ter mais licenciados", contrariando as declarações da chanceler alemã na terça-feira.
"O desemprego foi a mais pesada herança deste Governo", mas "hoje esta realidade começou a ser invertida" e é reveladora de "sinais de recuperação económica", acrescentou o governante, à margem da conferência 'Emprego Jovem e Empreendedorismo Social: Novos Caminhos', em Lisboa.
Mota Soares ressalvou saber que o desemprego "continua a ser maior fractura" da economia portuguesa, e que é preciso "continuar o trabalho", mas destacou a recuperação económica do país "capaz de gerar empregos" e a descida "lenta e consolidada" da taxa de desemprego nos últimos 20 meses.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou hoje uma queda da taxa de desemprego para os 13,1% no terceiro trimestre deste ano, o que representa uma descida homóloga de 2,4 pontos percentuais e um recuo de 0,8 pontos face ao trimestre anterior.
A chanceler alemã, Angela Merkel, disse na terça-feira que países como Portugal e Espanha têm demasiados licenciados, o que faz com que não tenham noção das vantagens do ensino vocacional.
Citada pela agência de informação financeira Bloomberg, a chanceler alemã afirmou que o enfoque nos estudos universitários como um feito de topo da carreira é algo do qual deve haver um afastamento.
Mais tarde, o ministro da Educação, Nuno Crato, afirmou discordar que o país tenha licenciados a mais e salientou que é preciso continuar a investir no Ensino Superior e na formação superior dos jovens.
Lusa/SOL