Ser da autoria do grande mestre Da Vinci é motivo mais do que suficiente para justificar a sua fama, no entanto, a ideia polémica de que se trata de um auto-retrato e os mitos sobre os seus supostos poderes ocultos só têm aumentado o interesse geral na obra.
O quadro, com mais de 500 anos, estava guardado em Turim, e durante a Segunda Guerra Mundial foi levado secretamente para Roma, como forma de evitar que caísse nas mãos dos Nazis.
Sempre se pensou que essa fuga forçada se teria devido ao seu valor monetário. Mas por ter sido a única obra a ser levada, deixando muitas outras também valiosas, surgiram outras teorias. E uma é no mínimo estranha.
Dizia-se que o olhar de Da Vinci é tão intenso que aquele que o observasse receberia uma força extraordinária. E que, por isso, ninguém queria que o quadro caísse nas mãos de Adolph Hitler, correndo o risco de lhe dar ainda mais poder.
Há também quem acredite que o génio de Da Vici pode ser ‘contagioso’. Diz-se que – antes de fazer uma prova – muitos estudantes fazem a revisão da matéria num determinado lugar na biblioteca, que fica directamente por cima da cave onde está o auto-retrato.
Por outro lado, há quem duvide que o quadro seja realmente a cara de Da Vinci, pois o artista não era fã do conceito de auto-retratos.
Ideia contrária tem o diretor da Biblioteca Real em Turim, onde está guardado o quadro, que não tem dúvidas: "O poder expressivo do seu rosto está absolutamente aliado a uma emoção e a uma habilidade que apenas Leonardo podia ter."
Seja como for, o auto-retrato é tão valioso que existe um decreto a estabelecer que o quadro só pode ser mudado de local com uma permissão ministerial.
Agora, e durante as próximas semanas, o poder mágico do quadro pode ser testado por 50 pessoas por hora numa rara exposição ao público.