O acesso em mobilidade aumentou 19 pontos percentuais (p.p.) no último ano, apresentando-se em 2014 com proporção semelhante à média da UE-28 em 2013, adianta o Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação pelas Famílias realizado em 2014.
O telemóvel ou 'smartphone' é o equipamento mais usado pelos utilizadores para aceder à internet em mobilidade (48%), seguido do computador portátil (38%).
O inquérito revela também que 65% dos agregados familiares em Portugal têm ligação à internet em casa, mantendo-se a tendência de crescimento (cerca de mais três pontos percentuais face ao ano anterior e 17 p.p. face a 2009).
O acesso através de banda larga é abrangente a quase todas as famílias com ligação à internet (63%), verificando-se uma diferença de dois pontos percentuais em 2014.
Apesar do crescimento nos últimos anos da utilização de banda larga pelas famílias em Portugal, ainda está distante da média da UE-28 (uma diferença de 14 p.p. em 2013).
Lisboa é a região onde mais famílias têm acesso às Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC), com 73% com acesso à internet e 72% com acesso em banda larga.
Ainda que em menor grau, também as regiões do Algarve e as Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira registam níveis de acesso à internet superiores à média nacional, respectivamente com 64%, 69% e 67% para o acesso à internet em banda larga.
No lado oposto, está o Alentejo, onde o acesso à rede pelas famílias é inferior em 10 p.p. à média nacional, com 53% a acederem à internet em banda larga.
Nas famílias com crianças até aos 15 anos, o acesso às TIC supera a média nacional, atingindo actualmente proporções próximas de 90% (87% têm acesso à internet através de banda larga).
Em 2014, 65% das pessoas com idade entre 16 e 74 anos acedem à internet, um aumento de 19 p.p. face a 2009, sendo o grupo etário entre o 16 e os 24 anos o que tem mais utilizadores.
Os dados referem também que 17% dos utilizadores efectuam encomendas através desta rede, um crescimento de 7 p.p. face a 2009, mas ainda muito abaixo da média na UE-28, com uma diferença em mais de 20 pontos percentuais.
A proporção de homens que utiliza computador e internet (69% para ambas as tecnologias) é superior à das mulheres, respectivamente em 7 e 8 p.p. e a prática de comércio electrónico é também mais frequente nos homens (19%) do que nas mulheres (15%), observa o INE.
Entre as pessoas que utilizaram internet nos três primeiros meses do ano, 26% utilizam espaço de armazenamento nesta rede para guardar ou partilhar ficheiros (computação em nuvem).
Apenas 7% dos utilizadores dos serviços de computação em nuvem indicaram ter pago pela utilização do serviço, refere o inquérito anual, que teve uma amostra de 7.186 agregados domésticos, com pelo menos uma pessoa com idade entre os 16 e os 74 anos.
Lusa/SOL