Recorde-se que a duquesa de Palma responde pelo processo judicial do ‘caso Nóos’, que envolve o seu marido, Iñaki Urdangarín, o sócio deste, Diego Torres, e ainda a mulher deste, Ana María Tejeiro, acusados de corrupção, branqueamento de capitais e apropriação indevida de verbas públicas, num total de seis milhões de euros.
Presidido por Urdangarín, o Instituto Nóos deveria servir como plataforma para a promoção do desporto, sem fins lucrativos, mas foi usado para “enriquecimento privado”, com desvio de verbas para as contas bancárias dos arguidos e para fazer pagamentos particulares (Cristina chegou a fazer alguns em seu nome).
O diário espanhol El Mundo revelou passagens do auto do tribunal que considera “inegável e inobjectável” que Cristina de Borbón ajudou a “defraudar a Fazenda” e ainda beneficiou disso. E mais: “A irmã do rei Filipe VI participou nas ilegalidades contra a Fazenda pública, supostamente cometidas em 2007 e 2008”. A audiência considerou assim que a infanta foi figura indispensável para que o marido pudesse defraudar até 337.138 euros nas taxas do IRPF (o nosso IRS) desses anos.