A partir de agora, a Comissão Política será composta não apenas pela tendência vencedora, mas, proporcionalmente, pelas várias listas concorrentes, em função do número de votos somados nas urnas.
A proposta que impõe a regra da proporcionalidade (aprovada em Mesa Nacional, com 27 votos a favor, quatro abstenções e 22 votos contra) é lida como um tentativa da UDP, uma das correntes fundadoras do partido a que Soares está afecto, para aumentar a sua influência na gestão política do partido.
Os coordenadores do BE votaram contra a proporcionalidade por defenderem que a Comissão Política deve ser constituída por membros da moção vencedora. A proposta será novamente sufragada na reunião magna do Bloco e a expectativa é de que seja aprovada, segundo apurou o SOL.
Até lá, as duas moções que estão na corrida à liderança mais disputada de sempre dos 15 anos do BE contam espingardas.
No Parlamento, a bancada está dividida. Dos oito deputados eleitos nas legislativas de 2011, quatro (Pedro Filipe Soares, Mariana Aiveca, Helena Pinto e Luís Fazenda), todos da UDP, subscrevem a moção ‘Plural’ e outros tantos (João Semedo, Catarina Martins, Mariana Mortágua e Cecília Honório) a ‘Moção Unitária em Construção’, dos actuais líderes.