Granadeiro pede anulação de processo judicial

A luta dos accionistas da PT SGPS contra os responsáveis da operadora promete durar. Em causa está o investimento na Rioforte que levou à redução da participação portuguesa no processo de fusão com a Oi. Na quarta-feira,  Henrique Granadeiro, antigo presidente da PT SGPS, respondeu ao processo colocado em Agosto pela associação que representa os…

Granadeiro pede anulação de processo judicial

A acção visa responsabilizar os presidentes e respectivos administradores financeiros da PT desde 2011, data em que tiveram início os investimento no Grupo Espírito Santo. Henrique Granadeiro, Amílcar Morais Pires, Luís Pacheco de Melo, Miguel Horta e Costa (CEO da PT entre 2000 e 2006) e Murteira Nabo (presidente executivo de 1996 a 2003) são alguns dos réus. 

Até ao momento, Henrique Granadeiro, que apresentou a demissão devido à polémica da Rioforte, foi o único réu a responder ao processo judicial.

Segundo a PLMJ, que representa o gestor, o facto de ser uma acção popular deveria incluir todo o universo dos accionistas da PT. 

A ATM recusa-se a baixar os braços, tendo já contestado a argumentação dos advogados de Granadeiro e está a preparar “uma reformulação ao pedido” – disse ao SOL Octávio Viana, presidente da associação. Agora, o gestor terá cerca de 30 dias para responder à contestação da ATM.

Granadeiro quer 'ganhar processo na secretaria'

Este alargamento do prazo também se aplica aos restantes réus, que agora têm mais tempo para responder às acusações, explica o responsável da ATM.

Este facto  não agradou os accionistas, tendo em conta que, se optarem pelo mesmo caminho, o caso pode arrastar-se por muito tempo. “Alguns accionistas vão mesmo avançar com processos-crime e com outro tipo de acções individuais”, revela Octávio Viana. 

Os investidores vêem esta resposta de Granadeiro como uma tentativa de “ganhar o processo na secretaria”, realça. Mas confiam que vão sair vencedores.

sara.ribeiro@sol.pt