Lucros da Sonae caem 61% até Setembro

A Sonae teve lucros de 95 milhões de euros até Setembro, uma quebra de 60,7% face a igual período de 2013, quando lucrou 242 milhões de euros.

Lucros da Sonae caem 61% até Setembro

No entanto, no comunicado enviado hoje à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, o grupo liderado por Paulo Azevedo indica que excluindo os efeitos da fusão Zon-Optimus e imparidades registadas no terceiro trimestre de 2013, em que teria lucrado 64 milhões, os lucros sobem 47,7%.

Nos primeiros nove meses do ano, o volume de negócios de todas as participadas – onde se inclui o Continente, Worten ou Sportzone, mas também a gestora de centros comerciais Sonae Sierra e a Nos – variou 4,1% para 3,6 mil milhões de euros. 

O “melhor desempenho” na área de retalho não-alimentar (Sonae SR), que abrange a Zippy, Sportzone ou Worten, e da Gestão de Investimentos explicam este crescimento, indica a Sonae.

“A Sonae SR está a ser a maior contribuidora para o crescimento consolidado apesar de, em muitas circunstâncias, estarmos a alterar para um formato de lojas mais pequenas e, assim, a diminuir a área bruta locável (ABL) global. O crescimento no universo comparável de lojas, combinado com melhorias de produtividade de vendas das lojas remodeladas, está a trazer melhorias significativas em termos de vendas por m2”, explica o presidente executivo, Paulo Azevedo.

Quanto à Modelo Continente (Sonae MC), o volume de negócios subiu 1,8%, para 2,53 mil milhões de euros. Nos últimos 12 meses abriram mais seis lojas Modelo Continente e cinco Continente Bom Dia.

Ainda assim, a Sonae evidencia que “o terceiro trimestre de 2014 foi caracterizado pelo intenso ambiente competitivo no sector de retalho alimentar português, o que nos levou a manter um forte esforço promocional, causando uma deflação interna de 2,4% nos primeiros nove meses de 2014”.

“O trimestre foi caracterizado pelo crescimento da despesa do consumidor em produtos discricionários, nos nossos principais mercados, e pela continuidade da guerra de preços no sector alimentar e no sector de telecomunicações em Portugal”, descreve também Paulo Azevedo.

ana.serafim@sol.pt