Segundo a Google, que detém a propriedade do popular site de vídeos, o Music Key começa a funcionar na segunda-feira, dia 17, mas numa primeira fase o acesso só poderá ser feito por convite. Como se procederá depois o alargamento a restantes subscritores ainda não foi divulgado.
O lançamento deste serviço foi possível depois de, no início da semana, o impasse com a Merlin (que representa cerca de 20 mil editoras independentes) ter sido resolvido. Durante meses, editoras independentes que representam artistas como The xx, Adele ou Bon Iver reclamavam que o pagamento de direitos proposto pelo YouTube era inferior ao acordo com as três principais operadoras no mercado musical: a Sony, a Universal e a Warner. O YouTube acabou por ceder, mas os termos do acordo não foram tornados públicos.
De acordo com as perspectivas de analistas citados pelo jornal britânico Guardian, as receitas anuais do Music Key devem rondar os 500 milhões de dólares com o serviço de subscrições, um valor próximo dos números apresentados pelo Spotify em 2013.
Criado em 2008, a história do Spotify tem sido, porém, atribulada. São vários os artistas que acusam o serviço de agravar ainda mais o instável mercado da música e nomes como Thom Yorke, dos Radiohead, ou The Black Keys decidiram não colocar mais nenhum dos seus discos na plataforma.
Mais recentemente foi a norte-americana Taylor Swift a retirar a sua obra do Spotify. Na terça-feira, Daniel Ek, presidente da plataforma, disse que a cantora recebeu 2 milhões de dólares no último ano, informação que o agente de Swift nega peremptoriamente. Em entrevista à Time, Scott Borchetta diz que o valor pago pelo site neste período foi de 500 mil dólares, o equivalente a menos de 50 mil discos vendidos. “O seu último álbum, lançado no final de Outubro, vendeu mais de um milhão de cópias apenas na primeira semana”, explica, questionando: “Se é assim com Taylor Swift, uma das artistas mais bem sucedidas na música actual, como será com os outros artistas que estão no início de carreira?”