Desde que aterrou no cometa 67p/Churyumov-Gerasimenko, na quarta-feira, a 500 milhoes de quilómetros da Terra, o robot fez uma série de testes científicos e enviou vários dados, incluindo fotografias, para a Terra. A ESA vai agora analisar os dados enviados e avaliar se a missão foi um sucesso.
“Correu exactamente como planeámos. Tivemos até de fazer uma rotação para optimizar a recessão de luz sobre os painéis solares”, disse o cientista Jean-Pierre Bibring, em entrevista à AFP.
As baterias solares, que deveriam permitir que o robot estivesse em funcionamento durante alguns meses, receberam muito menos luz do que o esperado porque o Philae está preso entre rochas. Não se sabe, porém, se as baterias vão voltar a estar carregadas para o Philae voltar a funcionar.
O robot esteve sempre em contacto permanente com a sonda europeia Rosetta.
Graças aos seus instrumentos, começaram a radiografar o interior do cometa, estudar o magnetismo, a fazer imagens do solo, analisar as moléculas complexas libertadas a partir da superfície.
O robot é o principal responsável por se terem encontrado no núcleo do cometa moléculas orgânicas que podem ter tido um papel no surgimento da vida na Terra, já que os cometas são os objectos mais primitivos do sistema solar.
Os cientistas esperam que os 1.3 mil milhões de euros investidos neste projectos ajudem a responder a questões sobre a origem do universo e sobre a vida na Terra.
*com AP e Lusa