No nosso país, refere a Quercus em comunicado, a situação é deveras preocupante: “Só em 2011 estima-se que tenham ocorrido em Portugal 5.707 mortes prematuras relacionadas com níveis elevados de PM2.5, enquanto 330 mortes ocorreram devido a níveis elevados de O3. Na UE-28, verificaram-se 430.219 e 16.190 mortes prematuras relacionadas com níveis elevados de PM2.5 e O3, respectivamente”.
A situação portuguesa, continuam os ambientalistas, tem-se agravado nos últimos anos. Os valores limite de qualidade do ar impostos por lei não têm sido cumpridos, “sobretudo no que respeita às partículas inaláveis (PM10) e ao dióxido de azoto, com particular incidência na Região Norte de Lisboa e Vale do Tejo”, salienta a Quercus. “Nestas zonas do país, a não aplicação, a ineficácia ou a falta de ambição das medidas propostas pelos Planos e Programas de Melhoria da Qualidade do Ar tem sido um obstáculo para cumprir a legislação, com prejuízo para a saúde da população”.
Recorde-se que o dióxido de azoto, por exemplo, é particularmente nocivo. As concentrações elevadas podem levar à morte por asfixia e mesmo as médias podem provocar edema agudo do pulmão.