Ministra da Administração Interna exonera director do SEF

A ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, exonerou hoje o director nacional do SEF, Manuel Jarmela Palos, que se encontra em prisão preventiva no âmbito da Operação Labirinto, que investiga a atribuição de vistos “gold”.

Ministra da Administração Interna exonera director do SEF

Num despacho, enviado à agência Lusa, a nova ministra da Administração Interna refere que foi Jarmela Palos quem pediu a demissão do cargo, que ocupava desde 29 de Novembro de 2012.

O despacho, assinado por Anabela Rodrigues, produz efeitos a partir de hoje.

Manuel Jarmela Palos, de 50 anos, era director nacional do Serviços de Estrangeiros e Fronteiras desde 2005, tendo sido reconduzido no cargo pelo ex-ministro da Administração Interna, Miguel Macedo. 

Na terça-feira, depois de saber que ficaria em prisão preventiva, convertível em prisão domiciliária, Jarmela Palos pediu a sua demissão ao primeiro-ministro. 

Também hoje, a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, exonerou o presidente do Instituto de Registos e Notariado e a secretária-geral do Ministério da Justiça, ambos em prisão preventiva no âmbito da Operação Labirinto.

Esta operação resultou já na detenção de 11 pessoas, cinco das quais ficaram em prisão preventiva, embora três possam ver a medida convertida em pulseira electrónica.

O tribunal decretou a prisão preventiva do presidente do Instituto dos Registos e Notariado (IRN), António Figueiredo, do empresário chinês Zhu Xiaodong, de Jarmela Palos, secretária-geral do Ministério da Justiça e do empresário Jaime Gomes, podendo estes três últimos passar a prisão domiciliária com pulseira electrónica.

Na sequência deste caso, Miguel Macedo demitiu-se domingo do cargo de ministro da Administração Interna, alegando que a sua autoridade tinha ficado diminuída com o envolvimento de pessoas que lhe são próximas nas investigações.

Em causa estão eventuais crimes de corrupção activa e passiva, recebimento indevido de vantagem, prevaricação, peculato de uso, abuso de poder e tráfico de influência.

Lusa/SOL