Intervindo na IX Convenção do BE, Fernando Rosas, que apoia a moção política da actual direcção bloquista, criticou a "imprudência e a irresponsabilidade que conduziu a uma rotura sem princípio no Bloco e que leva a uma corrente isolada das demais a alimentar a pretensão de dirigir o BE".
De Fernando Rosas partiu a primeira crítica explícita ao novo partido político Livre, que criou uma plataforma para concorrer às próximas legislativas.
Segundo o ex-deputado, o Livre criou "ilusões de que o PS pode inverter" a política do actual governo e "candidata-se afinal a ser uma espécie de Verdes do PS".
Por seu lado, Luís Fazenda, que subscreve a moção E do líder parlamentar Pedro Filipe Soares e que discursou imediatamente a seguir, falou sobre a disputa da liderança no partido e recusou o anátema de "divisionista".
"Nós entrámos unidos e saímos unidos da Convenção. Mas seria até simpático que um conjunto de camaradas não utilizasse o espaço mediático para chamar a outros divisionistas. Cá estaremos para o crivo da história política. Uma moção própria é um direito de democracia", afirmou
O ex-deputado dirigiu-se ao ex-coordenador do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, que tinha minutos antes defendido na tribuna da Convenção a iniciativa apoiada por Luís Fazenda é "uma prova de imaturidade" e "um erro".
"Temos de pugnar pela unidade de direcções. Francisco, há dois anos este também era um problema importante. Mas não falsas unidades", advertiu.
A IX Convenção Nacional do BE interrompeu os trabalhos cerca das 20:00 e deverá retomar pelas 21:00 para prosseguir o debate das moções de orientação política.
Lusa/SOL