De acordo com o New York Times, a decisão segue-se à derrota dos democratas nas eleições intercalares deste mês, com a consequente perda de controlo do Senado, e à pressão e às críticas a que o Pentágono tem estado sujeito perante a multiplicação de desafios e ameaças na frente externa, nomeadamente a crise do ébola e a ascensão do Estado Islâmico no Médio Oriente.
Hagel, de 68 anos, é o único membro republicano da actual equipa de segurança nacional da administração Obama.
O Presidente e o secretário da Defesa têm mantido reuniões durante as últimas semanas. Apesar da Casa Branca não querer que se fale numa demissão decidida por Obama, o New York Times refere que a iniciativa partiu do chefe de Estado.
Esta segunda-feira, numa cerimónia em Washington, Obama declarou que Hagel e ele decidiram que este era "a altura apropriada para terminar a sua missão". O Presidente considerou "exemplar" a prestação do secretário da Defesa.
"Estou imensamente grato pela oportunidade que tive durante estes dois últimos anos de trabalhar todos os dias por este país e pelos homens e mulheres que servem este país", declarou Hagel, que considerou "normal" que "as equipas mudem de tempos a tempos".
Entre os nomes apontados para a sucessão estão Michèle Flournoy, Jack Reed e Ashton B. Carter, todos democratas com larga experiência na Defesa.
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