Os partidos da oposição PS, PTP, CDU, MPT, PND E PAN não participaram na sessão evocativa do 25 de Novembro de 1975 cujo movimento comandando pelo general Ramalho Eanes pôs termo a uma tentativa de instauração de uma ditadura de esquerda no país.
O deputado do PSD, Emanuel Gomes, lembrou que comemorar o 25 de Novembro era "celebrar a liberdade e festejar a democracia renascida com o 25 de Abril de 1974".
"Foi um momento fundamental e fundador do regime democrático", declarou.
Emanuel Gomes classificou de "encenação política grotesca" a ausência nas comemorações dos partidos de esquerda e, em particular, do PS.
"O 25 de Abril terminou a guerra colonial e pôs fim ao Estado Novo e o 25 de Novembro de 1975 garantiu a democracia, pôs fim ao PREC (Processo Revolucionário em Curso) e ao extremismo de esquerda em Portugal", declarou.
O presidente e deputado do CDS na Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, assegurou que o partido irá sempre assinalar o 25 de Novembro que representou um movimento "contra os desmandos da extrema-esquerda em Portugal" e em defesa da "democracia e de um regime pluralista e pelo fim de uma ditadura comunista em Portugal".
Ambos os deputados salientaram o papel dos militares Jaime Neves e do general Ramalho Eanes e dos políticos Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral neste período em Portugal.
Em conferência de imprensa conjunta, os partidos da oposição, tendo como porta-voz o líder parlamentar do PS, Carlos Pereira, justificaram a ausência no plenário pelo facto da Assembleia Legislativa não comemorar o 25 de Abril de 1974.
Carlos Pereira criticou ainda "o mau funcionamento das instituições na Madeira" nomeadamente a Assembleia e o Governo Regional devido à "guerra interna no PSD" no âmbito do processo de sucessão de Alberto João Jardim.
O socialista disse não compreender "o silêncio" do Presidente da República e do Representante da República face à "confusão governativa" que a Madeira vive há dois anos com "as guerras internas no PSD".
Lusa/SOL