"O meu sentimento é de profunda tristeza. Este é um momento difícil, para o engenheiro Sócrates certamente, mas igualmente para todos os seus amigos que são muitos em Portugal e no estrangeiro", disse aos jornalistas Pedro Silva, que foi ministro da Presidência do Governo de Sócrates e considerado o seu 'braço direito'.
Ainda sobre a detenção e prisão preventiva do ex-primeiro ministro, Silva Pereira afirmou que "este não é o momento de falar muito", mas de "esperar a Justiça funcione e, funcionando, possa fazer luz sobre a verdade"
O actual deputado no Parlamento Europeu afirmou ainda que "a Justiça tem regras e que não se faz na praça pública, não se faz com julgamentos precipitados, não conhecendo todos os factos ou sem ouvir todas as partes", pelo que preferiu não se alongar mais sobre o tema, não respondendo a perguntas dos jornalistas.
"Vamos aguardar que o funcionamento da justiça permita o esclarecimento da verdade, é o que farei pela minha parte", concluiu, à margem da sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo.
O ex-primeiro-ministro José Sócrates, detido na sexta-feira, está em prisão preventiva indiciado por fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e corrupção.
Esta é a primeira vez que é aplicada prisão preventiva a um ex-primeiro-ministro em Portugal, no âmbito de um processo que tem mais três arguidos.
Lusa/SOL