O meu é maior

É preciso ultrapassar a condicionante do tamanho, é certo. Não é qualquer pessoa que está disposta a enfrentar a cidade ao volante de um veículo do tamanho de um mini-autocarro. Mas se entrarem na equação cinco filhos a caminho da escola; dois ou três filhos mais os avós ou os animais de estimação em viagem…

O meu é maior

É nesse ‘campeonato’ que entra a Classe V, da Mercedes-Benz, com espaço para sete ocupantes, mais bagagens para vários dias e até um ou outro animal de estimação. Se muitos condutores gostam de comparar potências, jantes ou extras, os donos um V poderão dizer, ‘o meu é maior’.

É de facto uma carrinha enorme, mas consegue oferecer o luxo, conforto, tecnologia e até prazer de condução de um Mercedes familiar bem mais pequeno. Na verdade, dependendo das especificidades procuradas, o Classe V pode ser visto como um veículo profissional de luxo, daqueles que transportam clientes VIP entre aeroportos, hotéis ou eventos exclusivos, mas também pode ser visto como uma carrinha familiar para quem tem vários filhos, e outros parentes próximos, e não quer abdicar do conforto para todos eles, ou do espaço para bagagens.

Passando à experiência de condução do SOL, há que reconhecer que são precisos alguns minutos de habituação, principalmente dentro da cidade. Não são apenas os 5,14 metros de comprimento, mas até mais a largura e a altura que assustam. No entanto, ultrapassado isso, é ‘apenas’ mais um automóvel Mercedes, com estofos em pele, acabamentos de nível superior e a tecnologia disponível – seja a caixa automática de sete velocidades, o grande ecrã multifunções ou os muitos sensores que facilitam a vida a quem tem de conduzir a família.

E quando entramos no domínio dos pormenores, não há como não referir a enorme versatilidade dos próprios bancos – que estão em formato 2+2+3, mas podem ser reconfigurados –, e as mesas para os passageiros de trás, escondidas ao meio, bastando levantar e abrir, ou então tirar para fora se não forem necessárias. Outro detalhe interessante são duas caixas de plástico espalmadas na bagageira, que podem receber as compras de supermercado ou objectos pequenos.

Quanto ao motor, testámos o bloco 250 BluTEC, a gasóleo, que debita 190 cavalos nesta versão. Apesar das mais de duas toneladas de peso e da aerodinâmica pouco favorável, o V 250 move-se com a agilidade de um carro bem mais compacto, acelerando até aos 100 km/h em apenas 9,1 segundos. O consumo médio de seis litros é ‘atingível’, mas aí dependerá também do número de passageiros e da carga.

emanuel.costa@sol.pt