"São dois directores, de um universo de 500 directores que trabalham no Novo Banco", revelou hoje a referida fonte.
A notícia foi avançada hoje pelo jornal Público e também pela estação televisiva TVI, tendo a mesma fonte afirmado à Lusa que os dois responsáveis que foram constituídos arguidos estavam ligados à comercialização de dívida das 'holdings' do Grupo Espírito Santo (GES) aos balcões do Banco Espírito Santo (BES).
Na quinta-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) indicou que as diligências que decorreram no âmbito de um processo-crime "do universo Espírito Santo" têm por base suspeitas de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos, branqueamento e fraude fiscal.
A PGR adiantou que, no âmbito de investigações, dirigidas pelo Ministério Público, realizaram-se várias diligências, designadamente 34 buscas domiciliárias, uma a um advogado e seis buscas a entidades relacionadas com o exercício da actividade financeira.
Segundo a PGR, participaram nas buscas 14 magistrados do Ministério Público (MP), do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, dois peritos do DIAP e duas centenas de elementos da Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ e da Autoridade Tributária (AT), entidades que coadjuvam o MP.
Nestas investigações, que se encontram em segredo de justiça, o Ministério Público conta também com a colaboração do Banco de Portugal e da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
Após rebentar o chamado caso BES, a PGR criou uma equipa especial para investigar as alegadas irregularidades e os ilícitos criminais na gestão daquele banco, sendo a equipa multidisciplinar constituída por magistrados do DCIAP, elementos da Autoridade Tributária, da PJ e dos reguladores – CMVM e Banco de Portugal.
Lusa/SOL