“Além do valor simbólico extraordinário que tem, porque celebra o valor mais importante de uma colectividade nacional, que é a sua própria independência, este feriado tem a particularidade de ter sido conquistado pelo sociedade civil”, sublinha Ribeiro e Castro ao SOL. Até agora foram recolhidas duas mil assinaturas, número ainda distante das 35 mil exigidas para que a iniciativa legislativa seja admitida no Parlamento e sujeita a votação.
Enquanto decorre a recolha de assinaturas, a data será celebrada no domingo, dia 30, com um desfile de mais de 1600 músicos de mais de 30 bandas filarmónicas de todo o país em Lisboa, entre a avenida da Liberdade e os Restauradores. Os músicos irão interpretar em conjunto os hinos da Maria da Fonte, o hino da Independência e o hino Nacional. A expectativa é de que se juntem à festa, que tenta reproduzir o espírito das festas populares de Lisboa com filarmónicas, centenas de pessoas.
“O 1º de Dezembro é o feriado mais enraizado na consciência popular, com mais tradições espontâneas e com celebrações em todo o país”, observa Ribeiro e Castro, que acusa ainda “as altas esferas do Estado e os órgãos de soberania” de se terem “desertado” das comemorações. O Presidente da República, Cavaco Silva, deverá fazer-se representar na festa da Restauração da Independência, cujas cerimónias oficiais serão realizadas na Câmara Municipal de Lisboa, no dia 1.
O 1º de Dezembro foi um dos quatros feriados eliminado do calendários dos feriados nacionais (dois civis e dois religiosos) em 2012. No ano passado, o Governo alterou a lei inicial, deixando o feriado de ser considerado eliminado para passar a ser suspenso até 2017, se nenhuma outra iniciativa legislativa interromper a sua suspensão até lá.