Metade destes homens tinha 32 anos ou menos na data do diagnóstico, alertaram hoje, Dia Mundial de Luta Contra a Sida, as associações Intervenção Lésbica, Gay, Bissexual e Transgénero (ILGA) e a associação de jovens lésbicas, gays, bissexuais, transgéneros e simpatizantes (rede ex aequo).
Estes dados, notam as organizações, alertam para a especial vulnerabilidade de jovens gays ou bissexuais, sendo que, consideram, “a própria experiência da discriminação em função da orientação sexual continua a limitar a força da sua construção identitária e a ser um obstáculo a uma eficaz educação para a saúde”.
Portugal é o terceiro país da União Europeia (UE) com maior taxa de casos de SIDA, quer em termos de prevalência, quer em termos de incidência. Quase três casos por dia de infecção por VIH/SIDA foram diagnosticados no ano passado no país, num total de 1.089 novas situações.
Por outro lado, segundo o Núcleo de Estudos da Infecção ao VIH da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna, mais de 60% dos diagnósticos são realizados tardiamente, o que põe em causa a eficácia dos tratamentos, o bem-estar de doentes, a sua qualidade de vida e a própria incidência da infecção.
“A redução do número de pessoas não diagnosticadas só acontecerá quando o rastreio da infecção pelo VIH se tornar parte integrada dos cuidados de saúde”, consideram ainda a ILGA e a ex aequo.