De acordo com um estudo APR/Neoturis, revelado esta semana durante a 1.ª Conferência Nacional sobre Turismo Residencial, organizada pela APR, existem actualmente 90 resorts no Algarve, 9 em Lisboa/Costa Oeste, 11 no Alentejo e 5 na região Norte/Centro, o que se traduz num total de 115 resorts em comercialização.
Pedro Fontainhas adianta que Portugal tem características únicas geográficas, sociais, infra-estruturais e turísticas para atrair investimento estrangeiro numa segunda residência ou em nova residência principal, e acredita que a tendência continuará positiva.
O responsável garante ainda que a principal prioridade da APR, desde o ano passado, tem sido o projecto ‘Living in Portugal’. "Sendo o turismo residencial um dos produtos do Plano Estratégico Nacional do Turismo, construímos com o Turismo de Portugal uma colaboração que se tem revelado muito proveitosa dos pontos de vista logístico e de coordenação das acções de ambas as instituições. Juntos elaborámos o Plano Integrado de Promoção e Comercialização do Turismo Residencial, que é o calendário central de referência para todas as acções", salienta. Os países de foco são Reino Unido, França, Alemanha, Suécia e Rússia, num total de três dezenas de iniciativas internacionais.
Pedro Fontainhas refere ainda que, em 2013, Portugal foi o país mais procurado pelos irlandeses para aquisição de uma propriedade no estrangeiro, e estava no top 5 das opções de britânicos, americanos, alemães, russos, suecos e franceses. Já este ano parecer ter havido uma redução nos investidores franceses e chineses.
70.000 fogos neste momento
As perspectivas de crescimento da procura são boas, mas esse interesse não ajuda a escoar stock estagnado. «O nosso mercado representa apenas 4% do total ibérico. Dos nossos cerca de 70.000 fogos de turismo residencial, apenas 5 ou 6 mil estão disponíveis para primeira venda. Portanto, a nova procura gera logo mais desenvolvimento», esclarece o director da APR.
Na próxima década, os projectos turísticos já identificados como de interesse nacional e com algum tipo de aprovação ou licenciamento poderão gerar mais 61 mil unidades, num total que supera os 20 mil milhões de euros de investimento directo em turismo residencial. «A estes valores somam-se ainda as receitas de exploração das unidades que não são ocupadas continuamente pelos proprietários e a criação de milhares de empregos na construção, manutenção e outros serviços. Compreende-se por que apelidam o turismo residencial de ‘petróleo de Portugal’», conclui Pedro Fontainhas.