Segundo a PGDL, ficou "suficientemente indiciado" que o arguido guardava nos seus computadores e demais dispositivos de armazenamento electrónico um total de 682.447 imagens, que continham "actos de pornografia ou de abuso sexual" com raparigas entre os dois e os 13 anos.
A PGDL adianta que o arguido, que se encontra em prisão preventiva, partilhava as imagens através da Internet e vendi-as com "intuitos lucrativos".
"As imagens representam crianças vítimas de actos de abuso sexual grave partilhadas ou vendidas pelo arguido com fins lascivos e lucrativos, em completa indiferença ao sofrimento causado a estas vítimas", refere a PGDL, sublinhando que o arguido também produziu vídeos com imagens de crianças que recolhia com uso de uma câmara oculta, em espaços públicos.
De acordo com a Procuradoria, o homem detinha na sua residência "bonecas insufláveis com tamanho de crianças adaptadas a serem usadas para sua satisfação sexual".
De acordo com a PGDL, a partilha e venda das imagens através de diversos "sites" da Internet ocorreu, pelo menos, entre 2010 e 2014, tendo o arguido sido detido em Junho deste ano.
Nas buscas realizadas foi apreendido todo o material electrónico, computadores, ficheiros e demais equipamento utilizado para a prática destes crimes cuja perda a favor do Estado foi promovida pelo MP.
Lusa/SOL