A Lusa contactou também fonte oficial da PT SGPS, que confirmou que a administração da Oi já deliberou sobre o assunto, mas escusou-se a comentar qual foi o resultado.
Além disso, a mesma fonte adiantou que os administradores da PT SGPS na Oi estão em funções com neutralidade, resultado da Oferta Pública de Aquisição (OPA), lançada pela à PT SGPS pela Terra Peregrin, detida por Isabel dos Santos.
Como tal, acrescentou, os administradores da PT SGPS "não só não votaram, como ainda se ausentaram da sala no momento da deliberação".
De acordo com outra fonte da administração da PT SGPS, a posição dos accionistas será tomada em Assembleia-Geral, ainda sem data marcada.
A mesma fonte lembrou que a proposta da Altice prevê que o capital possa ser comparticipado em 20% por accionistas portugueses da PT SGPS ou de outras entidades interessadas.
A Altice anunciou a 30 de Novembro que aumentou a oferta para a compra da PT Portugal em 375 milhões de euros, para 7.400 milhões, tendo entrado em negociações exclusivas com a operadora brasileira Oi.
A oferta vinculativa do grupo francês, que assinou um memorando de entendimento com os CTT — Correios de Portugal, é "totalmente financiada" e valoriza "a Portugal Telecom em 7,4 mil milhões de euros em dinheiro e sem dívida", incluindo 500 milhões de euros relativos à geração futura de receitas da empresa, segundo a Altice.
A 03 de Novembro, a operadora brasileira Oi, que detém 100% da PT Portugal desde o aumento de capital em Maio, anunciou que a Altice, dona da Cabovisão e da Oni, tinha feito uma proposta para compra dos activos no valor de 7.025 milhões de euros, deixando de fora o negócio de África.
A operação, de acordo com a Altice, será financiada por nova dívida e dinheiro do grupo.
Depois da aprovação pela Oi da venda da PT Portugal à Altice, a administração da PT SGPS é obrigada a pedir a convocação de uma Assembleia-Geral de accionistas logo que seja oficialmente informada pela operadora brasileira.
Lusa/SOL