O congresso foi antecipado face aos desafios que a Região enfrenta em breve: escolha do novo líder do PSD-Madeira a 19 de Dezembro e provável cenário de Eleições Regionais antecipadas no início de 2015.
O CDS é, actualmente, a segunda força política regional relegando o PS para terceira força política e segundo partido da oposição.
José Manuel Rodrigues está de pedra e cal na liderança regional do partido. É o único candidato à liderança com a moção de estratégia global ‘Um Novo Tempo, Uma Nova Esperança’.
No Congresso será debatida a estratégia para o triénio 2015/2017 e eleitos os novos órgãos dirigentes do partido. Serão apreciadas 13 moções sectoriais.
A única dúvida é com quem pretenderá o partido fazer alianças, à esquerda ou à direita.
Depois da recente recusa do líder do PS-Madeira, Victor Freitas para uma aliança pré-eleitoral com o CDS-M, os centristas apostam agora numa aliança pós-eleitoral.
“O objectivo é o CDS fazer parte do próximo Governo Regional da Madeira”, assumiu hoje José Manuel Rodrigues numa entrevista ao DN-Madeira.
A dúvida é se será com o PS ou com o PSD, caso nenhum deles obtenha maioria absoluta.
José Manuel Rodrigues não fecha a porta a nenhum cenário, excepto se o cabeça de lista do PS às Regionais for Paulo Cafôfo, actual presidente da Câmara do Funchal, a quem os centristas pedem que cumpra o mandato autárquico até ao fim.
Aliás, a própria autarquia do Funchal (a coligação ‘Mudança’ governa por um ‘fio’) poderá ‘cair’ em 2015 caso José Manuel Rodrigues (foi eleito vereador) deixe de viabilizar as propostas da ‘Mudança’ como aconteceu recentemente na discussão do orçamento e plano do Funchal para 2015.
A moção que José Manuel Rodrigues leva ao congresso tem 145 medidas políticas, económicas e sociais “para mudar a governação da Madeira”. Alguns desses grandes desígnios são a regeneração do sistema político; uma nova estratégia de credibilização e afirmação da Madeira, afectada pela dívida pública oculta; renegociação da dívida pública que consome uma fatia de leão do orçamento regional; diminuir impostos para dar maior competitividade à economia; novo modelo de transportes aéreos e marítimos e de gestão dos aeroportos e portos; aposta no turismo e nos sectores produtivos (fundos europeus 2014/2020 para o crescimento da economia e criação de emprego); aposta na qualificação dos recursos humanos e combate ao abandono escolar; nova política cultural; construção de um novo hospital; combate às desigualdades e criação de novas oportunidades de inclusão social.
No programa do congresso não está prevista a deslocação do líder nacional, Paulo Portas para o encerramento do evento.