De manhã, o antigo banqueiro garantiu que não houve comissões pagas a pessoal político. À tarde, a questão foi retomada e Salgado foi confrontado com o seu desabafo nas gravações do Conselho Superior. Salgado reiterou que não houve qualquer pagamento elementos da área política e atribuiu a expressão “aldrabões” a um “excesso de linguagem”.
“Não sei quando se iniciaram essas gravações. Nem sequer sabia que estava a ser gravado. Alguém as desencadeou e passou cá para fora. São reuniões de uma estrutura informal, não é de uma empresa. O conselho superior tinha uma informalidade, uma liberdade de linguagem não permitida em organizações normais. Houve um excesso de linguagem da minha parte”, justificou o ex-presidente do BES.
Salgado não soube explicar mais pormenores sobre pagamentos – disse ter tido apenas conhecimento de pareceres e consultorias que tinham tido “encargos muito grandes” durante a operação -, e concluiu que a participação do Ges tinha sido um “erro”. “Não lhe posso dizer mais nada porque não sei”, afirmou.
Salgado indicou que o Ministério Público deve ter mais informações sobre essa questão, uma vez que fez investigações.