“O BES não faliu. O BES foi forçado a desaparecer”, disse o ex-presidente do banco, sustentando que o grupo estava a vender activos e a reduzir o endividamento "há muito tempo". "Esse problema teria sido resolvido se nos tivessem dado mais tempo”, disse o antigo gestor, fazendo ainda uma alusão a um empréstimo de emergência que o grupo chegou a fazer ao Governo, através da Caixa Geral de Depósitos.
”Quando fomos aos Estado pedir um empréstimo intercalar, de 2,5 mil milhões de euros, era para ser reembolsado ao fim de cinco anos. Não pedimos ao Estado para entrar no capital. Se tivéssemos esse empréstimo dava-nos tempo para vender activos e reembolsar os empréstimos”, referiu.
Quanto à gestão da sua sucessão no banco, as críticas ao governador foram também recorrentes. “Ouvi surpreendido as declarações do governador sobre um braço de ferro comigo. Devo dizer que nunca o governador que disse que retiraria a idoneidade. Bastaria um sinal para imediatamente pedir a demissão do banco”.