Dois outros arguidos, que não foram condenados pelo crime mais grave, vão também cumprir penas de prisão efetiva, de sete anos e meio e de cinco anos. O sexto elemento do grupo, que estava apenas acusado de burla informática, foi absolvido.
De acordo com a PGDL, os factos ocorrerem em novembro do ano passado, quando os arguidos raptaram a idosa, na casa dos 70 anos. Através de um elemento do grupo que era mecânico da vítima, os homens sabiam que a mulher vivia sozinha e possuía bens valiosos.
Amarrada e com a boca tapada com rolo de fita-cola, foi transportada da residência, em Algés, para o Seixal, no porta-bagagens da sua própria viatura, onde terá permanecido durante seis horas.
A PGDL refere ainda que alguns arguidos voltaram depois a Algés para assaltarem, sem qualquer risco, a residência, mas regressaram à margem sul do Tejo para lhe exigirem os códigos dos cartões bancários, ameaçando-a de que lhe matariam o filho, que, falsamente, diziam estar já ao dispor do grupo.
Já na posse dos cartões e dos respetivos códigos, o grupo efetuou vários levantamentos de dinheiro e tentou fazer uma transferência bancária de 12.000 euros, que só não foi concretizada porque a instituição bancária, a Caixa Geral de Depósitos, não o permitiu.
Com receio de serem identificados pela vítima, até porque o mecânico tinha atuado de cara destapada, três dos arguidos decidiram matá-la, asfixiando-a com uma camisola na boca, na convicção de que, assim, conseguiriam regressar facilmente ao Brasil, acrescenta a PGDL.
Os seis suspeitos acabaram, no entanto, por ser identificados e capturados pela Unidade Nacional de Combate do Terrorismo Polícia Judiciária, não obstante um deles ter sido detido já com bilhete de avião comprado, em pleno aeroporto de Lisboa.
Segundo a PGDL, os cinco arguidos condenados a prisão efetiva vão permanecer em prisão preventiva.
Lusa / SOL