A fabricante sueca – cujo colapso desde 2008, às mãos da General Motors, envolveu vários donos e tentativas falhadas de compra – é actualmente detida pela National Electric Vehicle Sweden – NEVS (controlada por accionistas chineses) desde 2012. O objectivo, depois do fim do licenciamento e fornecimento de equipamentos por parte da General Motors, era fabricar veículos eléctricos para vender na China e na Europa. No entanto, também a NEVS declarou falência e começou este ano a procurar novos investidores.
O bote de salvação poderá agora vir da Índia, com a gigante Mahindra – que opera no sector dos automóveis, mas também em motociclos, equipamentos agrícolas, aeronáutica, defesa, construção, energia, logística, retalho – a querer pegar no negócio. Na Europa, a Mahindra está presente em alguns mercados, incluindo o português. E até Novembro a marca tinha mesmo um piloto português na sua equipa do Moto GP, Miguel Oliveira, em Moto3. No entanto, os tractores e veículos todo-o-terreno da fabricante indiana têm pouca expressão no Velho Continente.
A compra da Saab, pelo seu peso histórico e know-how nos automóveis, pode ser um passo importante para a Mahindra nos mercados do Ocidente e beneficiar até a casa-mãe na Índia. Pode ser mais uma história de sucesso e renascimento no sector, como os casos recentes da britânica Jaguar Land Rover, adquirida por outro gigante indiano, a Tata Motors; e da também sueca Volvo, comprada pelos chineses da Geely.
