No seguimento deste alerta, avança a Quercuso, as autoridades deslocaram-se ao local e constataram no terreno diversas ilegalidades, nomeadamente a violação do diploma legal que protege a azinheira e do Plano de Ordenamento do PNTI (Resolução do Conselho de Ministros n.º 176/2008, de 24 de Novembro), devido à alteração da morfologia do solo com movimentações de toneladas de terra, ao arranque de centenas de árvores (azinheiras, zambujeiros, etc…) e arbustos, provocando um grande impacte ambiental e paisagístico. No seguimento desta acção foi levantado um auto e embargada a obra que estava em curso junto ao vale do Rio Aravil, uma das zonas sensíveis do Parque Natural e um dos únicos locais onde nidifica o Abutre-preto, uma espécie em perigo crítico de extinção com apenas 11 casais a nidificar em Portugal, dos quais 9 estão no Tejo Internacional.
Quercus exige mais fiscalização e reposição da situação
A Quercus reivindica mais fiscalização nas Áreas Classificadas para evitar atentados como este e apela às autoridades para que, ao abrigo da legislação em vigor, exija aos transgressores a reposição da situação anterior. A zona afectada tem habitats e espécies prioritárias de conservação ao abrigo da legislação nacional e europeia. A conservação do património natural único da região é fundamental, sendo uma mais-valia para o desenvolvimento sustentado da região com base no turismo de natureza.