Quanto aos furores de Mário Soares, se o catraio fosse mais culto, lembrar-se-ia de como com a mesma rispidez e falta de paciência para os opositores (então da estrema esquerda e do PCP), apoiou a Igreja no caso da Rádio Renascença ocupada, chegando a fazer cumprir na altura a vontade dos bispos, de verem os seus emissores bombardeados, para calarem vozes que não eram as suas, seus legítimos proprietários (e muitas vezes apoiantes da Oposição no anterior Regime). Ou de quando ele à cabeça de figuras como Alegre e Zenha, enfrentou a Unicidade Sindical, e defendeu a criação da UGT contra tudo e contra todos os outros, na época. Ou de como com poucos apoiantes sonoros, com o os mesmos Alegre e Zenha, venceu num Congresso do PS, contra todas as expectativas, os então de moda esquerdistas do partido. Ou de como, partindo do zero, mas sem nunca prescindir das suas convicções polémicas (nunca procurando falsos consensos, tão do ,agrado desta garotada do CDS), venceu as suas primeiras presidenciais. Ou de como preferiu ser derrotado contra os eanistas do seu partido, para a seguir os derrotar a eles, em vez de pactuar, como talvez preferisse o catraia vereador.
O catraio nem reparou que o CDS já se aliou no Governo ao PS (tempos de Amaro da Costa e Freitas), e que parece tentado a voltar a fazê-lo.
Mas o catraio não tem culpa de que os seu partido o deixe assim à solta, e a fazer disparates de puto imaturo, evidentemente.