"O ano que termina foi terrível para os jornalistas. Um novo conflito mortífero para os trabalhadores dos 'media' começou na Ucrânia, a ofensiva israelita lançada no verão em Gaza causou numerosas vítimas, enquanto na Síria o terror alcançou níveis extraordinários com a decapitação de jornalistas em público", declarou o secretário-geral da PEC, Blaise Lempen.
Criada em 2004, esta organização não-governamental com sede em Genebra visa reforçar a protecção legal e a segurança dos jornalistas em zonas de conflito ou em missões perigosas.
Segundo o relatório da PEC, Israel foi o país que registou mais vítimas, com um total de 16 jornalistas assassinados durante a ofensiva militar à faixa de Gaza.
Segue-se a Síria, com 13 jornalistas assassinados, e o Paquistão com 12, a maioria nas zonas tribais próximas do Afeganistão.
A quarta posição dos países mais perigosos é ocupada pelo Iraque, onde foram abatidos 10 jornalistas, muitos deles devido à ofensiva do grupo 'jihadista' Estado Islâmico.
A Ucrânia aparece na quinta posição (nove jornalistas assassinados), seguida do México (oito), Afeganistão (seis), Honduras e Somália (cinco cada).
A República Centro Africana e o Brasil partilham o décimo lugar, registando quatro jornalistas assassinados cada um.
A lista inclui ainda o Camboja, Guiné-Conacri, Paraguai e Filipinas, com três jornalistas assassinados em cada um dos países.
Com dois profissionais da informação assassinados aparecem o Bangladesh, Colômbia, Índia, Líbia, Peru, Turquia e Iémen.
Arábia Saudita, Birmânia, Egipto, Líbano, Nigéria, Panamá, República Democrática do Congo, República Dominicana, Rússia e El Salvador registam um jornalista assassinado cada um.
Por regiões, o Médio Oriente é a mais violenta (46 jornalistas abatidos), seguindo-se a Ásia (31), América Latina (27), África subsaariana (14) e Europa (10).
Desde que a PEC iniciou o registo de jornalistas assassinados, em 2006, foram abatidos 1.038.
Lusa/SOL