Vinte entidades portuguesas reuniram-se esta semana em Gouveia para discutir estratégias para a conservação do lobo ibérico, anunciaram em comunicado três das organizações subscritoras do Plano de Acção Nacional para o Lobo ibérico – a Associação de Conservação do Habitat do Lobo Ibérico (ACHLI), a Associação Distrital dos Agricultores da Guarda (ADAG) e a organização Acção, Liberdade, Desenvolvimento, Educação, Investigação, Ambiente (ALDEIA).
“A complexidade e diversidade de interesses que envolve a temática do lobo ibérico resulta na necessidade de procurar consensos para a concretização de um plano de acção que oriente e defina a conservação da espécie em Portugal”, explicaram as organizações que estiveram reunidas pela primeira vez.
Numa iniciativa inédita, estão envolvidas na conservação do maior carnívoro ibérico, ameaçado de extinção, organizações agro-pecuárias, cinegéticas, científicas, conservacionistas e de gestão do território, para além do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) GNR, de Guardas e Vigilantes da Natureza e do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas.
No encontro, adiantam ainda as organizações, foram identificados os principais temas a incluir num plano de acção nacional, com vista à conservação e coexistência com o lobo ibérico, como a predação no gado; o fomento de presas silvestres; a mortalidade da espécie; a compatibilização das actividades humanas com a conservação do lobo; a gestão e ordenamento do território; a monitorização e investigação; a sensibilização; os financiamentos e apoios públicos e a cooperação e articulação com Espanha, o único outro país onde ocorre a espécie.