De acordo com os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia (DGEG), o preço médio do litro de gasóleo nos cerca de 2.700 postos abastecimento de Portugal continental é actualmente de 1,139 euros; enquanto o da gasolina 95 é de 1,319 euros, valores que devem voltar a descer na próxima semana.
É preciso recuar ao Natal de 2009 para encontrar os combustíveis com valores semelhantes aos praticados actualmente, altura em que o gasóleo custava em média 1,045 euros/litro e o da gasolina 1,283 euros/litro, segundo a mesma fonte.
Em 2015, o preço dos combustíveis em Portugal sofrerá um aumento, na sua componente fixa, resultante do agravamento da contribuição de serviço rodoviário (CSR), previsto no Orçamento do Estado, da taxa de carbono, contemplada na reforma da fiscalidade verde, e ainda da incorporação de biocombustíveis, mas que se diluirá neste contexto de descidas semanais.
As petrolíferas referem um aumento de cinco cêntimos por litro de gasóleo e de 6,5 cêntimos na gasolina no próximo ano, mas o Governo rejeita este valor, defendo que o acréscimo é inferior.
Já o petróleo deverá manter-se com preços baixos em 2015, ao mesmo nível dos que apresenta actualmente, na casa dos 70 a 80 dólares por barril, acreditam a maioria dos especialistas contactados pela Lusa.
Na origem desta previsão está o actual excesso de produção com origem nos Estados Unidos, além do arrefecimento económico nos mercados emergentes, na Europa e no Japão, que deverão continuar a provocar uma procura mais baixa por esta matéria-prima.
"Nos próximos ano, ou ano e meio, prevejo que o petróleo se irá manter na casa dos 80 dólares", afirmou António Costa e Silva, presidente executivo da companhia petrolífera Partex Oil and Gas, detida pela Fundação Calouste Gulbenkian.
Para que os preços do petróleo se mantenham baixos durante o ano de 2015 contribui também "o fraco dinamismo da economia mundial", especialmente na zona euro e nas maiores economias emergentes, "que estão a lidar com problemas internos de reequilíbrio e de crescimento", acrescenta Paula Carvalho, que exemplifica com o caso da China, uma grande consumidora de energia.
Lusa/SOL